domingo, 13 de março de 2011

sentimentalismos baratos

Eu estou com sede. Sede de vida, sede de vitória, sede de família, sede de amor. Eu estou com muita sede. eu quero beber cada gole da minha vida como se o mundo fosse acabar no minuto seguinte. Eu quero me embebedar se sentimentos que eu não sinto, quero me embriagar de vida. Hoje eu preciso apenas sorrir sorrisos, chorar lágrimas, morrer de ódio e viver de amor. Hoje eu preciso sorver uma dose dupla de felicidade e por favor digam pro garçom que não deixe meu copo esvaziar ou não deixarei gorjeta.
Eu hoje quero ver um grande amor partindo e um futuro amor chegando. Quero ter o prazer de poder limpar uma lágrima num rosto qualquer e proporcionar um sorriso caso eu consiga. Hoje eu quero quebrar três garrafas de inocência na cabeça das pessoas só pelo prazer de vê-las dar um sorriso sincero. Dê-me por favor uma garrafa inteira de desespero. Eu quero me desesperar. Quero me entorpecer com tamanha mistura de sentimentos. Eu quero alucinar, simplesmente. Eu quero o ódio. Eu quero odiar o amor por ele ser o sentimento mais próximo do ódio. Eu quero amar o ódio. E é só pelo ódio que existe o amor. Então eu quero amar. Louca e desesperadamente eu quero amar. Eu agora quero o amor. Quero amar a esperança. Quero amar a saudade. Quero amar a loucura. Pronto. Decidi. Quero um copo de amor com bastante gelo, por favor. Ou talvez não. Acho que eu só preciso de um sacrifício. Meu? Talvez. Talvez eu deva beber meu sangue pra matar a minha sede. Mas e se não funcionar?  Ah, cansei. Acho que ouvi alguem dizer poesia. Uma boa dose de poesia deve suprir minha seca. Não! Chega de poesia. Eu quero a vida. Dê-me a vida que eu quero viver. Vida com água de coco por favor.
Já não consigo sentir nenhuma parte do meu corpo. Deve ser overdose. Melhor eu parar por aqui ou talvez eu morra mesmo por algum sentimento. Chega! Não quero mais sentir nada. It's over.

Nenhum comentário:

Postar um comentário